sábado, 6 de junho de 2015

O meu blog


"Nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos apenas duramos."

No século XVII o nosso conhecido Padre António Vieira dizia sabiamente o que acima transcrevi.
Concordo.
Hoje decidi fazer este blog. Na verdade, já decidi há vários dias mas hoje é o dia em que o estou a "fazer". Planeei "fazê-lo" num dia que me fosse especial e apontei como datas possíveis o 1º de Junho e o 4 do mesmo mês. Não consegui concretizar; diria que houve as tais pessoas que valem a pena e ocupações que libertam, daquelas que nos lembram quem somos, de onde vimos e para onde vamos, que me "preencheram" nesses dois dias. Concluí que não é grave, nem sequer importante, eu nem sou muito fixado em datas.
Como se lê na descrição do blog, este é um blog pessoal, diria até que personalizado mas é também um espaço de partilha, caso contrário poderia ser um diário, um caderno de apontamentos, um livro de recordações mas nunca poderia ser um blog. Espero que a sua leitura faça algum sentido (dir-me-ão nos comentários). A sua escrita estou certo que faz.
O nome do blog é estranho, pelo menos à primeira vista, mas a verdade é que não encontrei melhor. O momento é crítico de vários pontos de vista. O sentimento generalizado que se vive no país, nas pessoas que fazem este país, parece-me uma mistura de tristeza, desânimo e mais que tudo desesperança. Faz falta inverter o sentido das notícias mas sobretudo inverter o sentido dos factos que são alvo de notícia. Não me resigno ao estereótipo do "tuga" ora preguiçoso, ora gastador, ora ignorante... Portugal não é isso. Portugal somos NÓS e também sou EU.
Espero que este espaço possa ser veículo de difusão de pessoas, de ideias e de produtos do Portugal dos meus olhos. Será certamente um Portugal de qualidade e de esperança, com defeitos como todas as belas imperfeições!!
    

Daniel Henriques escreve de acordo com a antiga ortografia

2 comentários:

  1. Meu querido Amigo, como sabes, partilho desse mesmo sentimento. Mas a minha esperança na existência de outros inconformados não esmorece, nunca. Mesmo assistindo a tantas atrocidades. O meu Portugal, o nosso Portugal, que foi tomado por ladrões, uns mais letrados do que outros, um dia vai libertar-se e receber de braços abertos os seus filhos. Exilados nos cantos mais frios ou mais quentes do planeta, foram expulsos como se do Pecado Original se tratasse.

    ResponderEliminar
  2. Caríssima Wen Li, é essa desesperança que temos que combater com os meios que temos à nossa disposição. Há bons exemplos, há alternativas, há esperança. Precisamos de cidadãos activos, de muitos cidadãos activos, precisamos uns dos outros. Temos que assumir as nossas responsabilidades e lutar! Podes contar comigo nessa luta...

    Coragem amiga

    ResponderEliminar