Não poderia escrever esta reflexão se não tivesse amigos deputados, vereadores ou presidentes. Camaradas e companheiros de lutas políticas (nem sempre do mesmo lado da barricada) mas acima de tudo cidadãs que me permitem à distância dos km e dos dias tecer as seguintes considerações:
1. Em 2012, os 80% vencedores do Referendo Local de Milheirós de Poiares (com taxa de participação efectiva de 54%) não foram suficientes para, democraticamente, se respeitar a vontade do povo/ eleitores. O presidente da Càmara da Feira (PSD) nessa altura teve a coragem de fazer o seguinte raciocínio, contabilizando a abstenção, os votos negativos, os brancos e os nulos e concluindo que: "57% dos eleitores não aderiram à ideia de integração no concelho vizinho. Deixou de ser assunto."
Nota 1: Entristece-me mais que o actual presidente da Câmara da Feira (a quem reconheço mais inteligência, capacidade e qualidade) tenha proferido o mesmo discurso na rádio. Pode ser que um dia reconheça sem hipocrisia a "estupidez" do raciocínio.
2. Em 2012, aos meus amigos deputados, vereadores e presidentes Pàf não ouvi comentário que fosse sobre o respeito pela vontade expressa nas urnas e convenhamos que 80% estão muito longe de 38% (a tal "vitória inequívoca")...
3. Em 2015, fez-se luz e o espírito democrático desceu à terra!
38% são uma "vitória inequívoca".
Escrevem por aí que "A democracia, aparentemente, só lhe serve se lhe der vitórias." e que "Não é este o PS democrático e moderado que ajudou a construir a democracia portuguesa! O PS verdadeiro nunca esquece os valores do 25 de novembro."
38% são uma "vitória inequívoca".
Escrevem por aí que "A democracia, aparentemente, só lhe serve se lhe der vitórias." e que "Não é este o PS democrático e moderado que ajudou a construir a democracia portuguesa! O PS verdadeiro nunca esquece os valores do 25 de novembro."
Ups... depois de 4 anos a dizer que o PS é o partido das 3 bancarrotas do país. Se calhar foi nos intervalos que se afirmou como partido democrático e moderado ajudando a construir a democracia portuguesa...
4. Concordo com Sá Carneiro que "A democracia existe para o povo e não o povo para a democracia... A política é para o serviço das pessoas e não estas para a política." mas ficaria mais feliz se constatasse que quem assim escreve para que outros leiam se pudesse dar ao trabalho de praticar isso mesmo... um poucochinho pelo menos!
5. Em abstracto acho muito interessante a ideia das juventudes partidárias. Em concreto não vislumbro grande mais valia a não ser para os barões do partido que contam sempre com bandeiras, t-shirts e bombos onde quer que se dirijam como se o país fossem os jotas. Não é, e é a minha opinião, ok.
6. No passado dia 4 de Outubro votei de acordo com a minha consciência e convicções e ajudei à "pseudo confusão"! Votei útil porque contribuí para a eleição de um deputado que representa as minhas convicções e que tem mais direito ao meu benefício da dúvida do que qualquer um dos outros que já tiveram oportunidade de demonstrar ao que vêm.
7. Pode ser que esta nova representação parlamentar tenha disponibilidade para discutir assuntos relacionados com Unidades de Saúde Familiares ou Referendos Locais porque como dizia Sá Carneiro "A democracia existe para o povo e não o povo para a democracia.".
8. ATENçÃO: A IMAGEM ABAIXO PODE CHOCAR OS MAIS SENSÍVEIS.
É sempre um choque perceber que isto da democracia tem muito que se lhe diga...
Fonte: AQUI
Daniel Henriques escreve de acordo com a antiga ortografia

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