segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Citação do dia! #13

"Como tudo é possível, ousemos fazer rumo ao impossível." 

Agostinho da Silva, 13.02.1906 / 03.04.1994



Daniel Henriques escreve de acordo com a antiga ortografia

Música do dia! "Melhor de mim" #12


MARIZA - MELHOR DE MIM


"Hoje, a semente que torna na terra
E que se esconde no escuro que encerra
Amanhã não será uma flor.
Ainda que a esperança da luz seja escassa
A chuva que molha e passa 
Vai trazer numa luta amor.

Também eu estou à espera da luz
Deixou-me aqui onde a sombra seduz.
Também eu estou à espera de mim
Algo me diz que a tormenta passará.

É preciso perder para depois se ganhar
E mesmo sem ver, acreditar.
É a vida que segue e não espera pela gente
Cada passo que demos em frente
Caminhando sem medo de errar.
Creio que a noite sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre me iluminar.

Quebro as algemas neste meu lamento,
Se renasço a cada momento,
Meu destino na vida é maior.

Também eu vou em busca da luz
Saio daqui onde a sombra seduz.
Também eu estou à espera de mim
Algo me diz que a tormenta passará.

É preciso perder para depois se ganhar
E mesmo sem ver, acreditar.
É a vida que segue e não espera pela gente
Cada passo que demos em frente
Caminhando sem medo de errar.
Creio que a noite sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre nos iluminar.

Sei que o melhor de mim está pr'a chegar!
Sei que o melhor de mim está por chegar.
Sei que o melhor de mim está pr'a chegar"

Álbum: "Mundo" (2015)

Voz: Mariza
Guitarra Portuguesa: Manuel Neto
Viola: Pedro Jóia
Viola Baixo: Charlie Mendes
Piano e teclas: Alfonso Pérez
Produção: Javier Limón

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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Citação do dia! #12

"Quanto fui, quanto nao fui, tudo isso sou." 

Álvaro de Campos



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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Música do dia! "Hoje eu não sou" #11


DAVID FONSECA - HOJE EU NÃO SOU

"Abre os olhos são seis da tarde
Do dia que já passou.
Acordei dentro de um corpo dormente
Tão igual ao que se deitou.

Hoje eu não sou
Transparente, tão ausente,
Já esqueci tudo o que lembrei.
Hoje eu não sou
Quase nada, alma apagada
E tenho tanto que ainda não dei.

Saio de casa, passo apressado
Mas não sei bem para onde vou.
Sigo a calçada mas está desfocada,
Tanta gente que aqui já passou.

Hoje eu não sou
Quase morto, controlo remoto,
Sou boneco à tua mercê.
Hoje eu não sou
De joelhos, bola de espelhos,
Dá-me luz mas nunca me vê.

Hoje eu não sou.
Hoje eu não estou.
Sou um fantasma de um desejo,
Sou só uma boca sem o teu beijo.
Hoje eu não sou.
Hoje eu não estou.
Sou uma chaga sempre aberta
E o teu abraço só aperta onde eu não sou.

Ponho dois pratos na mesa um retrato
Em que sorris para quem o tirou.
Faço as perguntas, dou as respostas,
Tu já foste e eu ainda aqui estou.

Hoje eu não sou
Já deitado, farol apagado,
Quarto escuro não sei de quem.
Hoje eu não sou
Uma prece só reconhece
A tua voz e a de mais ninguém.

Hoje eu não sou.
Hoje eu não estou.
Sou um fantasma de um desejo,
Sou só uma boca sem o teu beijo.
Hoje eu não sou.
Hoje eu não estou.
Sou uma chaga sempre aberta
E o teu abraço só aperta onde eu não sou.

O teu abraço aperta onde eu não estou.

Onde estás?
No escuro eu não te vejo.
Tudo me faz
Lembrar de ti mas não te tenho.

Onde estás?
No escuro eu não te vejo.
Tudo me faz
Lembrar de ti mas não te tenho.

Onde estás?
No escuro eu não te vejo.
Tudo me faz
Lembrar de ti mas não te tenho.

Onde estás?
No escuro eu não te vejo.
Tudo me faz
Lembrar de ti mas não te tenho."


Música e letra: David Fonseca

Álbum: "Futuro Eu" (2015)

Voz: David Fonseca

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Citação do dia! #11

"Afinal, quem é que tem a pretensão de não ser louca?...
Loucos somos todos, e livre-nos Deus dos verdadeiros ajuizados, que esses são piores que o Diabo!" 

in "Correspondência" (1916), Florbela Espanca, 08.12.1894 / 08.12.1930



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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Música do dia! "Fado (do povo) alado" #10


ANA MOURA - FADO ALADO

"Vou de Lisboa a S. Bento,
Trago o teu mundo por dentro
No lenço que tu me deste.
Vou do Algarve ao Nordeste,
Trago o teu beijo bordado,
Sou um Comboio de Fado
Levo um Amor encantado,
Sou um comboio de gente.

Sou o chão do Alentejo,
De ferro é o meu beijo,
Tão quente como a Liberdade,
E se não trago saudade
É porque vives deitado
Num Amor que não está parado,
Sou um comboio de fado,
Sou um comboio de gente.

Não há Amor com mais tamanho,
Que este Amor por ti eu tenho,
Voo de pássaro redondo,
Que não aporta no beiral.
Não há Amor que mais me leve,
Que aquele em que se escreve,
Ai... Lume brando,
Paz e fogo,
E a Luz final.

Desço do Porto ao Rossio,
Levo o abraço do rio,
Douro amante do Tejo,
Nos ecos do realejo,
Chora a minha guitarra,
Trazes-me a Paz da cigarra,
Num desencontro encontrado,
Sou um Comboio de Fado.

Se for morrer a Coimbra,
Traz-me da Luz a penumbra,^
Do Amor que nunca se fez,
Corre-me o sangue de Inês,
Mostra-me um sonho acordado,
Somos um Povo alado,
Um Povo que vive no Fado
A Alma de ser diferente.

Não há Amor com mais tamanho,
Que este Amor por ti eu tenho
Voo de pássaro redondo,
Que não aporta no beiral.
Não há Amor que mais me leve,
Que aquele em que se escreve,
Ai... Lume brando,
Paz e fogo,
E a Luz final."


Música e letra: Pedro Abrunhosa

Álbum: "Desfado" (2012)

Voz: Ana Moura

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Citação do dia! #10

"Não podemos ter medo de não saber. O que devemos recear é o não termos inquietação para passarmos a saber." 

in "Pensatempos", Mia Couto, 05.07.1955 / ...



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